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Borda laranja

ENTREVISTA DO JIMIN PARA ROLLING STONES.

Jimin fala sobre perfeccionismo, sentir falta do ARMY, seu amor por dança e o futuro do BTS "Nós estamos dizendo às pessoas para realmente se amarem", diz Jimin. "Esse ano, eu comecei a dizer tais coisas para eu mesmo"

Jimin se descreve como alguém "introvertido", o que pode surpreender qualquer um que tenha visto sua dança extraordinariamente expressiva, ou o momento que ele inclina-se para trás e lança um agudo perfeito em, digamos, "Magic Shop". Na segunda entrevista individual da Rolling Stone com os sete membros do BTS, Jimin contempla sobre seu traço perfeccionista, descreve sua experiência no ano de pandemia, explica sobre seu amor por dança, e mais. Ele nos deu longas e profundas respostas de uma sala de estúdio no escritório de sua gravadora em Seul, usando um casaco de inverno preto com zíper e um capuz de pêlos falsos branco, um grande bucket hat preto e uma máscara branca para proteger o tradutor.


Alguns fãs acreditam que você está trabalhando em uma mixtape. É verdade?

Para ser completamente honesto, não há nada pronto ou preparado. Estou testando coisas novas e realmente me desafiando com elas. Mas não há nada concreto ou pronto para lançar.


O que aprendeu sobre si desde o ano passado, no seu tempo fora da estrada?

Eu aprendi que nós temos dito às pessoas para realmente se amarem e dito a elas para serem fortes. Esse ano, comecei a dizer essas coisas para mim também e me convencer que isso é algo que eu também preciso manter em mente. Também percebi que às vezes eu ficava muito ansioso com pessoas ao meu redor. E pensei que deveria voltar a ser como era, realinhar minhas engrenagens, por assim dizer, para que eu possa me tornar novamente a pessoa que costumava ser na maneira que eu trato aqueles ao meu redor e a mim. Agora, eu vejo as pessoas reagindo positivamente até para pequenas mudanças positivas.


Por sete anos, aproximadamente, você teve o ARMY torcendo por você. Ano passado, por causa da pandemia, você enfrentou o silêncio. Como você se ajustou a isso?

Eu ainda tenho uma série de pensamentos negativos sobre a situação. Você sabe, “Por que estamos nessa situação?”, “O que estamos fazendo?” e eu não queria reconhecer, admitir ou encarar o fato de que não podemos ver nossos amigos e não podemos fazer as coisas que costumávamos fazer, como você disse, pelos últimos sete anos.


O que fez você querer dançar quando era mais jovem e como você percebeu que tinha um dom para isso?

Primeiramente, eu nunca pensei ser bom em dança. Mas comecei a gostar de dança quando era jovem. Foi sugestão dos meus amigos que aprendêssemos a dançar como uma atividade extracurricular. Conforme eu ensaiava, comecei a gostar mais e fazer mais aulas. E eu fiquei mais e mais imerso nisso. E percebi, que conforme continuava aprender a dançar, que eu não ficava mais estressado quando dançava. Era meu espaço próprio onde eu podia ir para um mundo diferente, onde eu não precisava pensar em outras coisas. Foi algo que eu pude me imergir. E isso fez com que eu me sentisse livre. E me fez muito feliz. Então, mesmo depois de debutar, quando tenho esse tipo de sentimentos e emoções, dançar é a melhor resposta.


Entendo que você não goste de cometer erros. Mas isso poder fazer-lhe muito rígido consigo, não é?

Quando debutei, era o que treinava a menos tempo. E eu sinto que não estava completamente pronto e confiante quando debutamos. Eu ainda possuía minhas falhas. Eu sempre me emociono com os fãs que se dedicam — seu tempo, emoções, tudo sobre eles mesmos — para apreciar o que eu faço e amar o que eu faço. Isso faz com que eu sinta que pelo bem deles e de sua devoção, não devo cometer erros. Então se você perguntar como posso aprender a “pegar leve” ou ser mais generoso comigo, eu acho que isso será bem difícil para mim pela maneira que me sinto. Quando as pessoas apontam as coisas que eu preciso trabalhar mais, isso costumava me deixar muito irritado comigo. Agora eu agradeço por me apontarem os detalhes que preciso trabalhar mais. Isso faz com que eu me esforce ainda mais.


Quais são alguns do seus antigos heróis musicais?

Há muitos artistas que me influenciaram. Artistas estrangeiros — Michael Jackson, Usher — e também muitos artistas coreanos. Mas muito da minha inspiração musical veio de observar os demais membros trabalhando.


Você foi meio que o coordenador de projeto para BE. Que lição tirou dessa experiência?

A primeira coisa que aprendi foi sobre a sinceridade dos membros sobre fazer esse álbum e fazer música. Tanto tempo e esforço vai na criação de música. Também aprendi que eu devo dedicar esse tipo de tempo e esforço na hora de criar música e que devo tentar fazer músicas ótimas. Eu me senti realmente inspirado pela contribuição que os membros deram ao processo e como todos trabalhamos no álbum.


Você falou várias vezes que existiam diferenças entre os membros que vocês superaram. Pode elaborar mais sobre essas diferenças?

[Ri]Eram tantas que não consigo listar. Todos tínhamos personalidades tão distintas, personalidades conflitantes. E eu, por exemplo, posso me considerar um pouco lento, mais contemplativo ou introvertido. E há outros membros que querem fazer as coisas mais rápido. Eles são muito mais ativos e extrovertidos. E havia ainda aqueles que eram ainda mais introvertidos e lentos que eu. Então, é claro, as personalidades continuavam a entrar em conflito. Acredito que todos desenvolvemos um entendimento de que é OK ter esses tipos de diferença, que algumas pessoas serão mais lentas que outras. Às vezes precisamos esperar. Às vezes temos que fazer mais perguntas. Acho que todos desenvolvemos um entendimento mútuo.

Eu amo a música “Serendipity” de 2017. Você realmente se desafiou como cantor nessa. Pode dividir suas memórias de quando gravou?

Acredito que foi a primeira vez que tentei iluminar todas as nuances da minha voz e focar em cada detalhe da minha expressão vocal. Então foi bem difícil tentar ter certeza de que traduzi tudo isso para a gravação. E eu lembro apenas que o processo de gravação foi bem difícil pois eu tentava muito ter certeza de que eu estava focando em todos esses detalhes, me certificando de que foram expressados na música.


Você gostaria de ainda estar no BTS quando estiver com 40 anos de idade?

Eu acho que nunca pensei em não fazer parte desse grupo. Eu não consigo imaginar o que teria feito sozinho, o que teria feito sem o time. Mesmo antes de debutar, meu objetivo era continuar trabalhando com essas pessoas, continuar cantando com essas pessoas. Eu acho que quando envelhecer e cultivar minha própria barba, gostaria de que no final, quando eu estiver velho demais para dançar, gostaria de apenas sentar no palco com os demais membros e entreter os fãs. E me comunicar com os fãs. Eu penso que isso seria ótimo também. Então, eu gostaria de fazer esse trabalho pelo mais longo período de tempo possível.


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